quinta-feira, 5 de agosto de 2010

~~º~~ Longe de ti ~~º~~


Não há luz, nem ar.
Foram-se os sorrisos e brilhos no olhar.
Raptaram o sol, prenderam a lua,
esconderam o mar e a minha mão da tua.
Não voam os pássaros, nem miam os gatos,
vivo sem vontade e choro de saudade.
Não há borboletas, nada se mexe.
Perderam o vento e a minha dor cresce.
Enterraram as àrvores e o meu coração,
coseram o céu em cima do chão.
Embrulharam as vidas em papel cinzento,
viver longe de ti não sei se aguento.
As casas caíram e nelas mora a desgraça...
Com o tempo tudo se resolve,
amanhã a chuva passa.

3 comentários:

silvo disse...

Todo es diferente cuando no tiene la fuerza que le d la armonía con el interior propio, um beijo Princesa

Jonas disse...

Mar e Sol

Pudera eu ser o Sol, se foras Mar!
E levar-te o esplendor do meu clarão;
Com todo o meu ardor, ir te beijar,
Dando fulgência à tua imensidão!

Ou ser a Lua, em noites de luar,
Para no teu azul de mansidão,
Em êxtases de amor, ir-me espelhar,
Numa inefável, mística união.

E com inebriante maresia,
O Sol, a Lua, o Mar, a Poesia,
E nós, entrelaçados docemente.

Com ternura, depois, de manhãzinha,
Eu te daria um trono de Rainha,
Para te venerar eternamente.

Márcia Vilarinho disse...

Visão aguda e poética de um momento, muito bem posta. Lindo!
Bjs.